João:1:18, Filho Unigênito

João:1:18, Filho Unigênito


Jo:1:17-18 no codex alexandrinus
Verte Uios(Filho) assim como o TR


Jo:1:18 no codex Washingtonianus(Alexandrino),
verte Uios(Filho)
(na forma abreviada: US)
assim como o TR

18. Deus nunca foi visto por alguém. O Filho unigênito, que está no seio do Pai, esse revelou.(João:1:18, ACF)

A ACF, traduzida do Textus Receptus(TR) verte Filho, mas as bíblias modernas, traduzidas do Texto crítico(TC) vertem: Deus unigênito(NVI,NVT,ARA,NAA,NTLH,etc...).

Muitos podem pensar que o texto crítico aqui fortalece a divindade de Jesus Cristo, mas na verdade faz o contrario, tanto que a TNM, bíblia dos "Testemunhas de Jeová" verte "deus", a leitura o texto crítico faz Jesus ser um Deus diferente do Pai, faz Jesus ser um Deus menor.

Vejamos algumas evidencias da autenticidade do termo Filho(Uios).

-Pais da igreja

Irineu de Lyon(180 D.C)

Representação de Irineu de Lyon

"João diz: “Ninguém jamais viu a Deus. O Filho único[unigênito] que está no seio do Pai,
este o deu a conhecer”. Pois o Pai que é invisível é dado a conhecer a todos pelo Filho
que está em seu seio. Por isso o conhecem aqueles aos quais o Filho o revela, e, por seu
lado, o Pai dá a conhecer o seu Filho, por meio do próprio Filho, aos que o amam"(Contra as heresias, livro III,11,6, Ed Paulus)


"como está escrito no Evangelho: “Nunca ninguém viu a Deus, a não ser o Filho Unigênito que está no seio do Pai: ele o revelou”.
Desde o princípio o Filho é o revelador do Pai porque está com o Pai desde o
princípio(Contra as heresias, livro IV, 20,6-7, Ed Paulus)

Hipólito de Roma(190 D.C)

Representação de
Hipólito de Roma

"e não há ninguém que veja a Deus exceto o Filho sozinho, o homem perfeito que sozinho declara a vontade do Pai. Pois João também diz: "Nenhum homem viu Deus em nenhum momento; o Filho unigênito, que está no seio do Pai, Ele o declarou"(Contra Noetus, 5)

Tertuliano de Cartago(cerca de 200 D.C)

Representação de
Tertuliano de Cartago


"É claro que é o Pai, com quem foi a Palavra, o Filho unigênito, que está no seio do Pai, e que Ele mesmo O declarou".(Contra Praxeas, 15,6)

Arquelau de Carrhae(277 D.C)

"e como também é confirmado por esta escritura: Nenhum homem viu Deus em nenhum momento, exceto o Filho unigênito, que está no seio do Pai."(Disputa com Manes, 32) 

Eustacio de Antioquia(337 D.C)[1]

Representação de
Eustacio de Antioquia

"Verum Dei Filium ubique et repente adesse ipse etiam Joannes testatus est , qui Christum ipsum audivit, ingentique voce clamat ad verbum :  Deum nemo vidit unquam : unigenitus Filius[Filho unigênito] qui est  , in sinu Patris , ille exposuit" (De Engastrimytho Contra Origenem, capitulo 18)

Atanásio de Alexandria(296-373)

 
Representação de Atanásio de Alexandria 

"é dito dele: o Filho unigênito  que está no seio do Pai"(Discurso 2, página 370 do livro e 96 do leitor)

Hilário de Poitiers(310-367)

Representação de
Hilário de Poitiers 

"com sua voz familiar: Ninguém jamais viu a Deus, exceto o Filho unigênito, que está no seio do pai . Parecia-lhe que o nome do Filho não apresentava com suficiente clareza Sua verdadeira divindade, a menos que desse um apoio externo à majestade peculiar de Cristo, indicando a diferença entre Ele e todos os outros. Portanto, ele não apenas O chama de 'Filho', mas adiciona a designação adicional de Unigênito', e assim elimina o último suporte dessa adoção imaginária. Pois o fato de que Ele é Unigênito é uma prova positiva de Seu direito ao nome de Filho. ” (Tratado sobre a Santíssima Trindade, livro 6, capítulo 39)

Gregório de Nazianzo(329-390)

Representação de
Gregório de Nazianzo 

“Então o Filho é unigênito :  'O Filho unigênito que está no seio do Pai', diz, 'Ele O declarou.' ”(Terceira oração teológica, capítulo 17)

Basílio de Cesareia(330-379)

Representação de
Basílio de Cesareia 

"Sobre esses testemunhos, e tantos outros da mesma espécie, encontrados na Escritura inteira, diremos que são humilhantes, ou ao invés que anunciam, como que oficialmente, o esplendor do Filho Unigênito e sua igualdade na glória com o Pai? Ouçam como o próprio Senhor apresenta claramente a identidade de sua glória com a do Pai, quando afirma: “Quem me viu, viu o Pai” (Jo 14,9). E ainda: “Quando o Filho vier na glória do seu Pai” (Mc 8,38). E: “A fim de que todos honrem o Filho, como honram o Pai” (Jo5,23). Ainda: “Vimos a sua glória, como a glória do Unigênito do Pai” (Jo 1,14). “O Filho
Unigênito, que está no seio do Pai” (Jo 1,18). Sem levar em consideração qualquer
desses trechos, eles impõem ao Filho o lugar destinado aos inimigos. Efetivamente, o seio paterno é conveniente cátedra para o Filho"(Tratado do Espírito Santo, 6,15, Ed Paulus)

Gregório de Elvira(final dos anos 300)

Representação de
Gregório de Elvira 



"Salvator quoque in evangelio: Deum , inquit , nemo vidit umquam nisi unicus filius[Filho único/unigênito], qui est in sinu Patris"(Tractate, 16, 25)

Ambrósio de Milão(340-407)

Representação de
Ambrósio de Milão 

"Mas por que falar dos homens, quando lemos sobre as próprias virtudes e poderes celestes que "ninguém jamais viu a Deus" (Jo, I, 18)? E acrescentamos, o que ultrapassa os poderes celestes: “O Filho unigênito, que está no seio do Pai"(Homilia sobre Lucas:1:5-25)
Ambrósio também cita o texto de João:1:18 em De Ioseph,14,84 e também cita como: Filho unigênito.

João Crisostomo(349-477)

Representação de
João Crisostomo 

"João disse: “Ninguém jamais viu
a Deus”. Por isso, mostra-se que do Unigênito aprendeu esta verdade. Para evitar que se diga: como o podemos saber? – ele acrescenta: “O Filho Unigênito que está no seio do Pai, este o deu a conhecer”(Da incompreensibilidade de Deus, quarta Homilia, Ed Paulus)

Crisostomo também escreveu um sermão sobre este versículo específico, no qual ele citou sempre como O Filho unigênito:

"Nenhum homem viu a Deus em momento algum; o Filho unigênito, que está no seio do Pai, Ele O declarou.[...]João usa esta palavra para mostrar que o Filho está de eternidade em eternidade no seio do pai"(Homilia 15 sobre João)

Nesse mesmo Sermão Crisostomo cita 1Tm:3:16 como: Deus se manifestou em carne(como no TR)

Agostinho de Hipona(354-430)

Representação de
Agostinho de Hipona 

"Ouça o próprio evangelista falando em outro lugar e, se puder, entenda-o; se não, acredite : Deus , diz ele,nenhum homem jamais viu, mas o Filho unigênito, que está no seio do Pai , Ele O declarou

-Manuscritos gregos 

A grande maioria dos manuscritos gregos trazem "O Filho unigênito", cerca de 1610 e manuscritos gregos, enquanto apenas 7 trazem Deus, o textus Receptus mais uma vez é testificam pela maioria dos manuscritos (inclusive alguns alexandrinos, como visto nas primeiras imagens do artigo)

-Evidência interna

Em todos os casos em que o termo unigênito é utilizado no Evangelho de João é sempre precedido ou sucedido por Filho, com a única exceção de Jo:1:14 onde o termo unigênito aparece sozinho, o que nos demonstra que "Filho unigênito" é muito mais coerente com as demais ocorrências no Evangelho de João.
Jo:1:18
Jo:3:16
Jo:318
1Jo:4:9

Contexto imediato 

O contexto imediato também demonstra que Filho é a leitura correta, "Filho" se relaciona muito melhor com "Pai" do que "Deus"

Conclusão 

Deus sempre preservou suas palavras, Ele não deixou que elas fossem corrompidas com o tempo para serem reconstruidas, não, ele as preservou, por todos os séculos, de forma pura e inalterada!

"A Palavra do nosso Deus subsiste eternamente"(Is:40:8, ACF)














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